Embriagava a Ninita os espectadores com o seu saxofone falante, adoçando oa lábios, deliciando os ouvidos, iluminando o olhar de todos os presentes para os quais ela e os seus colegas da Escola de Música eram os melhores presentes de Natal, não só naquele dia, mas de todos os dias!
Na parede de luz branca passavam imagens tristes a preto branco com ecos de guerra e olhos famintos, que aqueles adolescentes acariciavam com sentidas notas solidárias, dizendo-lhes com o grito dos seus vigorosos corações: não estão sós!
E…
Sentados no chão, encostados à parede de luz branca mostravam os seus rostos, estendendo-lhes os braços, dando-lhes a longínqua, mas calorosa mão!…
Noutra sala, pouco depois…
Pegando no seu violino de cara redonda rosada, com franja de testa tapada, a Bibia fazia a sua primeira apresentação com este instrumento para o qual o seu professor a considerava dotada com o seu: “Promete!” em bom português do Brasil, brilhando no seu olhinho rasgado…
Mas…
Eis que a pequena violinista, afirmando-se na sua feminilidade com o seu vestidinho, se depara com algo que não estava previsto: o acompanhamento ao piano, algo inédito para si, que calma e concentrada seguiu sem estar atrapalhada!
Lindas, as muito amadas meninas da sua “nana”, que estão de Parabéns!
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